A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que o comércio varejista do estado de São Paulo deve contratar 23 mil trabalhadores temporários até o final do ano, uma leve redução de 3% em relação aos 23,7 mil admitidos em 2017. O varejo da capital paulista deve concentrar cerca de 10 mil dessas vagas temporárias. Além disso, das 23 mil vagas previstas, em torno de 10% a 15% têm boa possibilidade de serem efetivadas.
Essas admissões atenderão ao movimento mais intenso de clientes decorrente do período de festas, que se inicia em outubro e ganha força em novembro, mês que historicamente registra a maior geração líquida de vagas formais.
Metade das vagas devem ser abertas pelo varejo de vestuário, tecidos e calçados. Os supermercados concentrarão cerca de 25% das vagas e o restante será dividido, principalmente, entre os segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, lojas de móveis e decoração, farmácias e perfumarias.
Segundo a federação, essa ligeira queda de contratações se dá pelo aumento das incertezas no ambiente econômico, que mostra uma desaceleração no ritmo de recuperação econômica, uma reação tímida do emprego, incertezas no âmbito eleitoral e o consumo ainda com pouco fôlego. Dessa forma, o empresário do comércio adota uma postura mais cautelosa em relação às decisões de investimento, inclusive em mão de obra.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), medido pela FecomercioSP, reforça essa realidade. Em agosto, o ICEC atingiu 100,4 pontos, queda de 4,5% em relação ao mesmo mês de 2017. O subíndice que mede a propensão de contratação de empregados também caiu 3,8% nesse período, marcando 109,7 pontos em agosto, o menor patamar desde março de 2017.
Fonte: FecomercioSP
